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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

VOLTANDO DAS FÉRIAS


Meu amor...
Acabei de voltar da praia com a Ivy.
O Nícollas viajou com a tia Erika para João Pessoa.
Passei 13 dias longe dele, o que, para mim, foi uma eternidade.
Você não acreditaria se pudesse ver o tamanho que ele está.
Está mais alto que eu.
Estaria mais alto que você...
Lindo de viver!
Então, durante esses dias em que ele esteve fora, fui com a Ivy para a praia também.
Prometi a ela que teríamos umas ‘férias de meninas’. E assim foi.
Me proibi de chorar nesse período, mas vacilei algumas vezes.
Vacilei em plena praia!
Não dá mais para estar inteira em nenhuma situação.
O riso que se estampa em meu rosto, por mais genuíno que seja, é imediatamente advertido pela lembrança de que você não está mais aqui.
Não que sua ausência me proíba o sorriso, mas é um reflexo inevitável.
Quando olho seus irmãos juntos, imediata e mentalmente repito: ‘Isso aí não está certo, não está completo. Falta ela.’
E sempre faltará...
Falta você na minha vida...

Te amo como sempre amei, minha linda!

domingo, 8 de janeiro de 2012

A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ


- Mãe, olha que fofo o que o Max me deu!

- Hã? Uma pedra?

- Não mãe, peraí...

Foi até o quarto e voltou pra me mostrar:


- Não é uma pedra. É um coração!


"É saber entender a beleza do simples..."


domingo, 1 de janeiro de 2012

ANO NOVO, A MESMA DOR


Hoje, primeiro dia de um novo ano.
Hoje, também, dez meses sem você.
Passamos a virada do ano em casa, com todas as comidinhas que você não comeu no último réveillon.
Cumpri a promessa que te fiz por telefone no último ano novo, que, desgraçadamente, foi o primeiro e único que passamos separadas.
A Ivy vibrou ao ver os fogos lá da varanda do quarto, realmente estavam bem bonitos.
Ela é uma criaturinha muito especial, com uma capacidade de superação invejável.
Estava transbordando felicidade!
O Nícollas passou a meia noite com os meninos lá na avenida, mas desceu aqui em casa pra me dar um beijo conforme havíamos combinado.
Na varanda, com a noite fresquinha estapeando meu rosto, chorei minha saudade e pensei como estaria sendo o ano novo do desgraçado do teu assassino.
Não me contive.
Peguei o telefone e liguei pra ele.
Pela primeira vez, ouvi a voz do teu algoz.
Depois de me certificar de que era ele mesmo do outro lado da linha, desejei em dobro toda a desgraça infligida à minha vida, por ele, em 2011.
Quando me perguntou quem estava falando, respondi que era a mãe da menina que ele matou.
E só. Desliguei.
Após isso, voltei à varanda, abracei a Ivy, parei de chorar e me senti aliviada.
Juro a você que a sensação que tive ao desligar o telefone foi equivalente à de ter estourado os miolos dele com um taco de baseball. Ou seja, foi realmente uma sensação de alívio!
Já que tenho juízo suficiente para não cometer nenhuma loucura, que eu tenha, ao menos, o direito de fazê-lo sentir-se culpado.
Que eu tenha o direito de repetir seu nome em seus ouvidos para que nunca se esqueça de você.
Que ele tenha a certeza de que, em qualquer data comemorativa onde possa estar reunido com pessoas que, eventualmente, possa amar, sempre haverá uma mãe chorando a ausência de sua filha que morreu por sua culpa.
Sempre haverá, enquanto o mundo for mundo, uma família incompleta graças à sua irresponsabilidade.

“Feliz ano novo aos que estiveram ao meu lado durante todos esses meses, sempre me confortando com palavras de carinho...“