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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A TATA ME DEIXOU SOZINHA

Todos os dias, ao final das aulas, a professora da Ivy entrega uma folha sulfite para que cada criança faça um desenho ou qualquer outra coisa que tenha vontade.
Às vezes, a Ivy traz a folha pra casa e desenha algo enquanto assiste televisão.
Outras vezes, escreve pra você.
Dia desses, ela trouxe uma cartinha pronta que fez em sala de aula, e disse que, de vez em quando, pensa tanto em você que tem vontade de chorar lá mesmo.


Nem preciso dizer que fiquei mortificada ao ler isso.
Pra ela, é muito difícil 'engolir' sua ausência...
Quando li essas palavrinhas, tratei de improvisar uma bela palhaçada pra que ela não se entregasse ao choro:

- Ah, dona Ivy! Quer dizer que a senhora está sozinha? E eu? Eu não existo? Sou invisível? Você nem liga pra mim? Só quer a Tata? Só serve a Tata? Buááááááááá...

Aí, fingi estar chorando de forma cômica, até que ela entrasse na brincadeira e caísse na risada.


Não é fácil pra ela, não é fácil pra mim, não é fácil pra ninguém.
Busco, dia após dia, permanecer no caminho da sanidade para melhor criar seus irmãos.
Te amo loucamente, minha delicinha...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

24 DE SETEMBRO, SEU ANIVERSÁRIO


Há 1 ano, seu aniversário de 15 anos.
Eu, dentro do meu orçamento esmagadinho, fiz algumas propostas pra gente comemorar.
Pra variar, nada estava bom para a senhora!
Propus fazermos um boteco em casa.
Proposta aceita.
Entramos em acordo de que você chamaria os amigos mais chegados, que eles dormiriam em casa e que eu faria as batidas e compraria os petiscos do ‘boteco’.
E assim foi.
Na manhã seguinte, quando acordei, desci as escadas olhando a sala do alto e tive a certeza: era a visão do inferno!
Gente dormindo em todos os cantinhos, a maior bagunça e eu nem sabia sob qual edredom estava você.
Nem importava! Sabia que você estava ali...
Você postou no seu FOTOLOG sobre seu aniversário, e quero dizer que é muito gratificante ler que ter estado ao meu lado (e da Lau) nesse dia, foi o que importou pra você.
Eu te amo de um tamanhão imenso!
Dia 24 de setembro você não fará 16 anos.
Dia 24 de setembro não teremos ninguém dormindo no meio da sala.
Não pediremos a pizza da noite de aniversário como de costume, nem comeremos brigadeiro de colher.
Espero ter a tranqüilidade necessária para passar por mais este dia sem você ao meu lado e sem enlouquecer.
Estou contigo todos os minutos do meu dia, a cada respiração.
Amo você demais, minha piriguete delicinha!


:]25/09/10
aaaah , ontem foi muuuuuuito bom *-----*
meu aniversário, meus 15 anos ..
eu tava do lado da minha bé e da minha mãezinha linda , e é só isso qe importa .
o ju,o alex,o carlinhos,a lau 1 , a lau 2 e a rhá souza linda , dormiram em casa,
ganhei presentes na escola , comi muuuuuuuito chocolate , e fizemos a noite da pingaiada ontem. fiqei bebada e a noite foi muuito boa ~~ , haha'
hoje acordamos cedo pq os meninos tinham qe ir trabalhar, 6:00 da manhã , em pleno sabado *o* aí a gnt volto e dormiu até meio dia,a rhá e a lau 1 foi embora, eu fiz chapinha na bé e em mim , pq tem festa da ná linda hoje ~~. muuuuuuuito funk . haha . :]
é isso , dps conto como foi a festa . *--------------*


beeeijos s2

terça-feira, 20 de setembro de 2011

EXIBICIONISMO?


"E dor a gente sente não precisa ficar gritando pra todo mundo saber, isso não passa de exibicionismo. Vai procurar ajuda porque está doente".

Essas simpáticas palavras são da sua (igualmente simpática) 'tia Lili'.
A sua simpática tia que, ao pegar você no colo na maternidade, se limitou a dizer que seu cabelo era feio.
Belas palavras pra se dizer ao lado de uma mãe que acabou de ter um filho...
Enfim... Ela deve carregar certa amargura por não ter sido mãe, portanto, acho que devo perdoá-la pelos comentários infelizes.
Estou doente sim, como nunca estive antes em toda minha vida.
Ela tem toda razão.
Meu corpo dói, minha alma dói.
Visto uma máscara de super mãe todos os dias quando acordo e, com primor, zelo pela saúde física e mental dos seus irmãos com uma serenidade digna de um 'Oscar'.
Sobre 'gritar a minha dor', ninguém se exibe em desgraça.
Este blog me aproxima de você a cada texto que escrevo.
Me sinto falando contigo, minha loira...
Minha ajuda? Meu retorno?
Peço licença às pessoas que me escrevem pra compartilhar aqui um pouquinho do tratamento que tenho recebido:






Pois bem... Esse é o tratamento que tenho recebido para a doença que tenho nesse momento.
Tratamento de amor e de carinho das pessoas que lêem o que escrevo e que espremem os verbos ‘compartilhar e agregar’ até a última gota.
Se ela acha que o blog é puro exibicionismo, ela que vá se foder.
Não preciso da aprovação dela pra decidir o que escrever aqui ou não.
O que vale, de verdade, é o amor que sinto por você, o conforto que recebo das pessoas que aqui visitam e que, em muitos casos, nem te conheceram quando viva.
Isso prova que, muitas vezes, a mão mais amiga pode ser anônima.
Amo você, delicinha!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FOTOGRAFIAS




Ontem, tive uma noite bastante inquieta.
Dores pelo corpo, acordando constantemente com suas gatas dormindo em cima de mim.
Não há uma só noite em que eu não sonhe.
Nesta noite, particularmente, meus sonhos foram desconexos e fragmentados, cujo ápice, como que encerrando um episódio sem sentido, foi ver a mim mesma diante de um álbum de fotografias que contava a história da sua vida.
Eram fotos grandes, apenas uma por página.
Você bebê, você com seu pai, você diante de um bolo de aniversário...
A cada fotografia vista, um choro desesperado e dolorido.
Algumas páginas estavam em branco, como se as fotos tivessem sido tiradas dali por alguém.
Abreviações de uma vida...
Tenho me tornado uma pessoa apática.
Ando tão desesperada de tristeza, tão angustiada com a tua ausência que não sou capaz de prospectar um futuro feliz pra minha vida.
Não estou conseguindo seguir o que prego, não estou.
Hoje acredito que pessoas podem morrer de tristeza.
Tenho tido fobia de pessoas. Meu celular toca, não consigo atender.
Não quero sair, não quero ter que rir, não quero fazer de conta que estou dando a volta por cima.
Não quero e não consigo, porque simplesmente não estou!
Estou tomada por uma dor indescritível, dor esta que me faz chorar na rua, no banco, na fila do mercado ou qualquer outro lugar onde esteja.
Quero deitar e dormir, porque dormir faz com que eu não sinta o tempo passar.
Rogo por uma amnésia, pois quem não se lembra, não sofre.
Meu corpo tem funcionado de maneira lenta, claramente desacelerando...
Aos poucos, percebo minha rendição.
Que não me venham falar em psicólogos ou psiquiatras, a menos que estes possam me devolver você.
Algumas coisas não são escolhas nossas.
Já outras...



“Maldito seja você, assassino desgraçado!
Olhe bem as fotos da minha filha que você ASSASSINOU.
Eu sei que você visita o blog, sei que você lê o que escrevo.
Que a imagem dela o atormente tanto, tanto, tanto, que o faça se matar.
Não tenho dó de você, nem senti pena do que comentou no blog da minha prima (se é que foi realmente você quem escreveu aquilo ali).
Covarde...
Que fique mesmo só no seu pensamento de criminoso a idéia de bater na minha porta pra pedir perdão à todos nós.
Não terá meu perdão, só terá o meu eterno ódio.
Vamos aguardar a quantidade de 'cestas básicas' que você terá que pagar como forma de punição ao crime que cometeu.
Aí, então, depois disso, com CERTEZA, conversaremos."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

BILHETINHO PRA MAMÃE


Amor...
Tenho muita coisa pra escrever aqui, mas não farei isso hoje porque realmente não quero chorar.
Encontrei esse bilhetinho em casa, e tive saudade dos outros bilhetes que vc 'colava' no meu celular só pra ter a certeza de que eu os leria!
Bi, aquela listinha que vc fez está, aos poucos, se cumprindo.
Mas sempre faltará você!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SEIS MESES


Seis meses sem você.
Seis meses sem mim.
Seis meses que não durmo, que não fico feliz, que não tenho vontade de nada.
Seis meses que espero o B.O. virar processo e ainda NADA!
Seis meses que eu rogo a desgraça do teu assassino.
Seis meses que teu irmão não tem mais a melhor amiga.
Seis meses que tua irmã não tem a quem chamar de 'Tata'.
Seis meses que ouço que o Deus ignóbil (que todos crêem) sabe o que faz.
Seis meses que mando silenciosamente algumas pessoas se foderem.
Seis meses que finjo ser forte.
Seis meses que me levanto da cama pensando em me entupir de remédios pra morrer mais rápido.
Seis meses que pondero o que tenho a perder (ou não).
Seis meses...
Meio ano...
O resto da minha vida.